Como o aumento para R$ 399,90 afeta o bolso do brasileiro

A Sony anunciou que os jogos de PS5 produzidos por seus estúdios exclusivos passarão a custar R$ 399,90 no Brasil. O aumento, que será aplicado a partir de outubro com o lançamento de Ghost of Yotei, representa um acréscimo de R$ 50 em relação ao valor anterior.
Esse novo preço dos jogos de PS5 no Brasil levanta uma questão importante: como isso afeta o poder de compra do jogador médio?
Segundo a Sony, o reajuste foi necessário devido à desvalorização do real e ao aumento dos custos operacionais. No entanto, para o consumidor, a realidade é outra. Com o salário mínimo fixado em R$ 1.518,00, comprar um único jogo de PS5 consumirá aproximadamente 26% do salário mensal bruto. Considerando descontos, esse valor pode ultrapassar 28% do salário líquido.
Além disso, para quem ganha pouco mais que o mínimo, adquirir mais de um jogo por mês se torna inviável. Como consequência, muitos gamers precisarão selecionar com muito mais critério o que jogar. Consequentemente, cresce o interesse por alternativas mais acessíveis, como o Xbox Game Pass ou jogos de estúdios independentes.
Por outro lado, há quem defenda que o aumento é justificado pela alta dos custos de produção e pelo avanço gráfico e técnico dos jogos AAA. No entanto, no cenário brasileiro, a acessibilidade sempre foi um fator decisivo.
O preço dos jogos de PS5 no Brasil também reflete um distanciamento crescente entre a indústria e os consumidores de baixa renda. Em resumo, o novo valor coloca em xeque o acesso democrático aos games no país.
Alternativas para economizar
Além do Game Pass, outras opções viáveis incluem esperar promoções sazonais, adquirir mídias físicas usadas ou explorar títulos gratuitos disponíveis nas plataformas. Além disso, serviços como PS Plus Extra ou Deluxe se tornam cada vez mais atrativos.